sexta-feira, 20 de maio de 2011

Fim?



Na chegada a minha residência fora bastante conturbada. Deve-se ao dia pesado no qual tive. Essas horas frias da madrugada, sentado próximo a chaminé. Observando seu quadro, na tentativa de um possível desvio do meu pensamento inacabado.Ouço lobos roivando no alto da montanha, deixando o céu extremamente significativo.

O formato dessa constelação, lembra-me uma ponte. As placas de informações seriam meu lugar fixo e o posto policial situado no outro lado, seria seu lar. Em busca de fortalecer meus ossos, consigo a última caixa de leite restante. Ao fechar a porta da geladeira, frizo o olhar na nossa última foto.

O silêncio incomum, me destruía, deixando-me cada vez mais ileso. Seguidamente de angústias, escuto um bêbado berrando por todos os lados atrás de sua amada. A felicidade é passageira, e então, voltamos ao ponto de partida.

Abrindo meus olhos, apreciei uma manhã levíssima, parecia uma suspensão ao ar atmosférico. Delicadamente abro as cortinas e admiro um horizonte jamais visto. Seguindo-os movimentos das nuvens com atenção, dão direção ao arco-íris. As janelas abrem-se lentamente, sentindo um vento penetrando todo meu corpo.

As luzes dos raios solares e as cores do arco-íris agrupam-se numa só. Tornando meu quarto o lugar mais brilhoso já visto. Sinto-me nas nuvens, como se visse tudo lá de cima. Escuto alguém me chamar, ao abrir os olhos, não observo ninguém. Essa sensação me transformou, deixando-me mais transparente e mudado para sempre.

Horas antes da decisão final, não sentia mais nenhum membro do meu corpo.
Frio e fome, não existiam mais. Refletir por várias horas, e só então, encontrei a devida resposta. Os últimos acontecimentos tomaram por si, suas próprias conseqüências. O meu coração estava fraco sem resistência. Mas a noite reservou-me uma suspresa. Ao abrir os olhos vi o sorriso mais ensurdecedor deste mundo no lugar onde nunca existirá finito.

@marcelojuunior
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